A verdadeira TV digital Os serviços e modelos de negócios seguem a trilha aberta pelo You Tube sobre vídeos online - e mostra que a internet e mesmo o futuro da TV.
Revista EXAME É difícil acreditar, mas o YouTube nasceu há apenas três anos e meio. Nesse curtíssimo período, tornou-se arma fundamental das campanhas políticas, virou uma fonte de inovação na publicidade e no marketing, deu origem a um bocado de celebridades improváveis - e representou a perda de alguns pontos nas estatísticas de produtividade. Comprado pelo Google em 2006 por 1,65 bilhão de dólares, o YouTube recebe 300 milhões de visitas por mês. Por ano, o site exibe 4,2 bilhões de vídeos. Os números de audiência são grandiosos, mas os resultados nem tanto. O portal deve faturar neste ano entre 200 milhões e 250 milhões de dólares, uma pequena fração dos cerca de mais de 15 bilhões de dólares que o Google deve faturar neste ano. Mas a primeira fase dos vídeos online, marcada por grandes volumes de acesso e pouco dinheiro, está ficando para trás. Chegou a vez do vídeo 2.0. Depois de assistir à dolorosa transição das gravadoras para o mundo digital, estúdios de cinema e emissoras de televisão testam fórmulas para colocar seus conteúdos na rede de forma segura e rentável.
As perspectivas são animadoras. O site americano Hulu é um dos melhores exemplos de que chegou a vez do conteúdo profissional na internet. Criado no ano passado pelas emissoras Fox e NBC Universal e colocado no ar oficialmente em março, o portal - por enquanto limitado aos Estados Unidos - reúne trechos e episódios completos de programas como Saturday Night Live, Friends, Os Simpsons e Heroes. O usuário acessa de graça pelo navegador de internet mais de 900 vídeos de cerca de 100 parceiros, e, em alguns casos, logo no dia seguinte da exibição do programa na TV. Mensalmente, o Hulu exibe mais de 120 milhões de vídeos, quase sempre acompanhados de alguma publicidade. O resultado será um faturamento de 90 milhões de dólares já em seu primeiro ano de operação. É uma quantia ínfima diante das receitas de uma emissora aberta, mas muito mais importante que as receitas, neste momento, é acertar no equilíbrio entre a proteção dos direitos autorais e a conveniência do usuário. Nesse ponto, o Hulu é sucesso absoluto. Os anúncios não irritam o usuário, em virtude da política de colocar até um quarto do volume de publicidade tradicional da TV no site.
Por que a Hulu é um sucesso? Produtores que eram reticentes em divulgar seus conteúdos na internet descobriram que a rede pode ser uma poderosa aliada. No ano passado, a audiência mundial de vídeos online chegou a 137,5 milhões de internautas e a projeção é de 190 milhões em 2012. "Sites como o Hulu tendem a servir de inspiração. Os produtores e as emissoras querem ter controle sobre seus conteúdos na internet, querem saber sobre como eles são monetizados e como está a experiência do usuário. Assim, devem criar os próprios portais", diz James McQuivey, vice-presidente de pesquisas da consultoria Forrester Research. No Brasil ainda não existe nenhum Hulu, mas emissoras e portais de internet já arriscam seus próprios modelos. O site de vídeo de conteúdo profissional com maior popularidade é o Globo Vídeos, que registrou 8,2 milhões de usuários em junho, segundo a empresa de pesquisa comScore. O site abriga 90% da programação da Rede Globo e da Globosat e tem quase 100 milhões de vídeos visualizados por mês. Somente os assinantes do portal Globo.com, porém, acessam a íntegra dos programas.
O portal Terra tem investido em parcerias com emissoras como ESPN e CNN, estúdios como Walt Disney e Warner, além de séries de grande sucesso, entre elas Lost e Desperate Housewives. Uma das apostas do portal tem sido as transmissões ao vivo, como os jogos dos campeonatos alemão e português de futebol e os grandes eventos esportivos. "A Copa do Mundo, dois anos atrás, foi o pontapé inicial para a massificação desse conteúdo produzido profissionalmente e os Jogos Olímpicos vieram consolidar esse momento", diz Paulo Castro, diretor-geral do Terra. Neste ano, durante os Jogos de Pequim, 15 milhões de internautas acessaram 28,5 milhões de vezes os vídeos no portal. Para o ano que vem, o Terra deve estrear um modelo inédito no país. Um contrato com a Disney prevê que, assim que o episódio de uma série for ao ar nas emissoras a cabo, ele será imediatamente colocado online e ficará disponível por uma semana. "Será a forma mais imediata de o usuário que perdeu o episódio na TV assistir pela internet", afirma Castro.
http://portalexame.abril.com.br/tecnologia/
Fonte: Revista exame
Por: Charles Luis
Um comentário:
falta muito pouco para nós Amzonense desfruta da TV Digital com qualidade.Essa publicação do Blog do colega resalta a informação em sintonia com mercado.
Abraços.
João Marcos
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